Descubra fatos sobre uma das obras arquitetônicas mais impressionantes do Brasil, o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã foi inaugurado no dia 17 de dezembro de 2015 e é certamente uma das obras mais belas da arquitetura contemporânea no Brasil. Ela custou cerca de 230 milhões de reais, e envolveu grandes nomes e instituições. Localizada na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, foi projetada pelo renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Esse projeto também conta com contribuições do paisagista Roberto Burle Marx, da Fundação Roberto Marinho e da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Não apenas sendo um museu interativo de ciências, este ambiente também propõe reflexões sobre o futuro do nosso planeta. O contraste da tecnologia de ponta empregada nele com os debates que suas exposições apresentam certamente nos faz refletir bastante sobre o tema.
A fim de conhecermos um pouco mais sobre essa maravilha arquitetônica do nosso país, nós do Artcetera trouxemos 5 curiosidades sobre o Museu do Amanhã para você. Nosso critério de seleção dessas curiosidades foi a opinião de diversos veículos de comunicação especialistas em arquitetura e turismo.
1 – Arquitetura sustentável
Inspirado primordialmente nas Bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã traz, além de beleza, sustentabilidade como conceito primordial. Seu projeto recebeu a certificação LEED (Liderança em Energia e Projeto Ambiental) entregue pelo Green Building Council (USGBC).
Só para ilustrar um exemplo de sustentabilidade dessa construção: a cobertura do museu é revestida de painéis fotovoltaicos móveis de energia solar. Sendo assim, eles são movimentados ao longo do dia para acompanhar o movimento do sol e são capazes de coletar 250 kWh por ano, alimentando cerca de 7% a 9% da energia total utilizada no prédio.
Outro bom exemplo sustentável é a utilização da água do mar, armazenada em reservatórios de tratamento, no sistema de ar condicionado e também no espelho d’água que circula o local.
2 – Desafios da construção
Certamente, a construção de um prédio tão moderno e diferenciado acarretaria desafios de engenharia. A maior complexidade da obra foi erguê-la dentro do mar. A inserção de colunas metálicas submersas para reforçar o píer, feitas de material anti-corrosivo e fincadas no solo do mar, foi necessária para dar sustentação ao peso da construção no local.
Outras peculiaridades que exigiram tempo e atenção foram a geometria assimétrica de seus ambientes internos e a preocupação com a iluminação zenital (utilizar a luz natural para iluminar e decorar o ambiente). Por todos esses detalhes juntos que o Museu do Amanhã é tão diferenciado e fascinante.
3 – Revitalização da Região Portuária
A construção do museu foi parte de um projeto que visava uma revitalização urbana da região portuária do Rio de Janeiro, chamado de Porto Maravilha. Contudo, para iniciar as obras foi necessário antes demolir o Elevado da Perimetral, uma via que ligava a Zona Sul com a Ponte Rio-Niterói.
Incluídos nesse grandioso planejamento, estavam também a consolidação de outras obras na região, como: Museu de Arte do Rio, AquaRio, implementação do VLT e desenvolvimento imobiliário local.
Por fim, o Museu do Amanhã teve uma restrição de altura na sua construção. Medindo o máximo de 20 metros, ele não prejudica a visão dos demais prédios históricos ao seu redor. Inclusive, seus vitrais privilegiam a vista desses monumentos, como o Mosteiro de São Bento e o Edifício Noite, primeiro arranha-céus erguido na capital carioca.
4 – Premiações
Com pouco menos de 3 anos de existência, em 2018, o Museu do Amanhã já recebeu a premiação internacional Leading Culture Destinations Awards. Este prêmio britânico é considerado o “Oscar dos Museus”, e reconhece instituições culturais com forte poder de influenciar as pessoas através do Soft Power (sem forçá-las a realizar uma ação planejada).
5 – Exposições Fixas
Apesar de hospedar diversas exposições temporárias, o Museu do Amanhã também possui uma exposição fixa. Sua intenção é gerar a reflexão nos visitantes sobre o mundo em que vivemos e qual versão deles queremos ter no futuro.
São 5 espaços diferentes que compões essa exposição. Suas temáticas são: “de onde viemos?” / “quem somos?” / “onde estamos?” / “para onde vamos?” / “como queremos ir?”. Artistas, cientistas, filósofos e outras profissões relevantes compõem uma equipe de 30 especialistas responsáveis por atualizar os conteúdos apresentados. Eles se baseiam em dados e análises científicas de instituições renomadas espalhadas pelo mundo.
Embora seja um museu relativamente recente, certamente é possível ver o impacto dessa obra. Assim como a sua arquitetura deslumbrante, sua proposta é bem inovadora e filosófica. E aí, ficou com vontade de visitar o Museu do Amanhã? Esperamos que sim.
Nosso artigo se encerra por aqui, contudo permaneça conosco aqui no Artcetera para mais informações e opiniões sobre cultura, entretenimento, games e muito mais. Até o próximo artigo!
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