Se aprofunde na discussão sobre a capacidade ou não da Inteligência Artificial criar algo do zero

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Inteligência Artificial é capaz de criar? Descubra em análise 4

O avanço e refino atual da Inteligência Artificial é, possivelmente, a maior revolução tecnológica da Década de 2020. Atualmente, temos a presença dessa incrível ferramenta em diversas aplicações práticas da sociedade, como assistentes pessoais (Alexa, Siri, etc) e sites com sistemas responsivos (Chat GPT, Bing AI, Google Bard, etc). Com tantas possibilidades e novidades, surge uma dúvida ética muito importante: qual é o limite de autonomia das Inteligências Artificiais?

Esse questionamento se torna ainda mais relevante com o surgimento da Inteligência Artificial Generativa, uma tecnologia que permite ao computador criar conteúdos supostamente originais, como imagens, sons, textos e até vídeos. A sua diferença à Inteligência Artificial convencional é que ela consegue criar algo novo e inesperado, ao invés de apenas executar tarefas pré-programadas e específicas.

E como funciona a Inteligência Artificial Generativa? Você deve estar se perguntando… Bem, ela é baseada em algoritmos de aprendizado que utiliza enormes bancos de dados como referências. Só para ilustrar, ao ter acesso a milhões de imagens diferentes de cachorros, a máquina consegue fazer combinações sutis para criar uma imagem original de um cachorro nunca antes visto.

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Inteligência Artificial é capaz de criar? Descubra em análise 5

Segundo um artigo publicado no MIT Technology Review, alguns pesquisadores do Google Brain (divisão de pesquisa de IAs) estão desenvolvendo Inteligências Artificiais capazes de criar outras IAs melhores e mais avançadas do que eles mesmas, que foram criadas por seres humanos. Cientistas do MIT e da DeepMind estão trabalhando ativamente em projetos semelhantes.

De acordo com o líder de pesquisas do Google Brain, Jeff Dean, essa tecnologia tem o potencial de substituir a mão de obra humana em funções mais repetitivas, além de treinar novos programas independentes, mas isso ainda está longe de se tornar realidade. Por enquanto, a Inteligência Artificial Generativa está sendo utilizada na criação de novos produtos de beleza, produções artísticas e até mesmo criação de roteiros de filmes, o que gerou uma grande greve recente de funcionários de Hollywood, que temem perder seus empregos.

Além disso, a preocupação com tamanha autonomia das IAs está pautando diversos debates éticos. Se vários programas se unirem para disseminar uma informação falsa, por exemplo, pode acarretar em diversos prejuízos para a sociedade, inclusive iniciando guerras a partir de algo fictício. Enfim, é uma tecnologia fascinante e promissora, que pode transformar as nossas vidas no sentido de conforto e praticidade, mas que ainda carece de mecanismos de delimitação de uso e legislação específica às empresas responsáveis por esse tipo de programação avançada.


Finalizamos por hora essa reflexão inicial sobre a capacidade criativa de uma Inteligência Artificial e suas implicações práticas e éticas. Pra quem já assistiu à franquia de longa-metragens do Exterminador do Futuro, certamente o pânico de que uma versão real da Skynet surja vem à tona neste tipo de debate, não é mesmo? Para contribuir com este debate, confira o vídeo abaixo que elenca problemas das IAs.

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