Por acaso, você já se pegou questionando o status quo, as injustiças sociais e o sistema em que vivemos? Se a resposta foi “sim”, esse é o momento ideal para conhecer a revolucionária história do Punk Rock.

Neste artigo, falaremos sobre o que Jello Biafra, Vivienne Westwood e Nadia Tolokonnikova têm em comum. E, se os nomes ainda não fazem sentido, esse é mais um motivo para continuar a leitura do post. 

Aliás, a história do Punk Rock continua fortemente marcada por protestos sociais, em diversas frentes. Por exemplo, o livro “Um guia Pussy Riot para o ativismo” aborda questões como feminismo, situação das prisões e desobediência civil. De quebra, a obra também promove a reflexão sobre a busca pela democracia em países como a Rússia.

7 curiosidades sobre a história do Punk Rock

Hey, ho! Let’s go! Finalmente, chegou a hora de conhecer o espírito revolucionário por trás da história do Punk Rock. E o melhor: você ainda pode curtir uma playlist subversiva enquanto lê o nosso post! 😎

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1. O que significa Punk Rock?

O Punk Rock vai além do gênero musical, já que é um movimento cultural que critica o sistema. Por sinal, a atitude Punk envolve niilismo, anarquia e várias expressões artísticas, como: música, design, moda, artes plásticas, poesia e cinema. 

2. Quem é considerado o fundador do Punk Rock?

Antes de saber quem criou o Punk Rock, precisamos falar do Protopunk. Afinal, bandas como Death, Los Saicos e Velvet Underground abriram espaço para o movimento Punk. 

3. Onde nasceu o Punk Rock? E como surgiu?

O Punk Rock surgiu na cena underground de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Na década de 1970, bandas como Ramones e Television tocavam em clubes como o CBGB, a.k.a. Country Bluegrass and Blues.

Mas a cultura Punk ganhou força no Reino Unido, com o estilo transgressor de Sex Pistols e The Clash. Isso porque os ideais do movimento foram muito além da música, para então criar a identidade de uma tribo urbana. 

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4. Como aconteceu a história do Punk Rock no Brasil?

Entre 1970 e 1980, o Brasil vivia o regime militar. Na época, o movimento Punk se firmou como uma resposta aos horrores da ditadura, com precursores como Restos de Nada. Além disso, outro marco do gênero foi o álbum “Grito Suburbano”, em um compilado das bandas Cólera, Inocentes e Olho Seco.

5. Quais as principais características do Punk Rock?

  • Músicas rápidas (e até raivosas), que questionam o status quo e a dominação dos governos
  • Em geral, as letras abordam críticas sociais, com conceitos niilistas, anarquistas e socialistas
  • Boa parte dos artistas de Punk são vistos como transgressores, libertários e subversivos
  • Essa é uma expressão underground, deixando de lado o elitismo para apostar no DIY (do it yourself)
  • Não basta ter um moicano, já que a proposta é adotar uma atitude Punk para buscar um mundo mais justo

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Estilos ligados ao Punk Rock

6. Qual a ideologia e o que defende o movimento Punk Rock? 

Como já mencionamos, os protestos sociais do movimento Punk acontecem em muitas frentes. Para exemplificar, listamos alguns marcos históricos e, claro, revolucionários. Vamos lá?

Carta do Johnny Ramone

Por incrível que pareça, Johnny Ramone escreveu uma carta para Jello Biafra, pedindo para não falar de política nas músicas. Porém, o vocal do Dead Kennedys mantém sua posição antifascista, desde os anos 1980 até mais recentemente, inclusive criticando políticos como Donald Trump. 

Poster do Dead Kennedys

Ainda falando do Jello Biafra, seu legado continua inspirando protestos pelo mundo afora, até aqui no Brasil. Em 2019, o ilustrador Cristiano Suarez fez um cartaz para celebrar a turnê de 40 anos do Dead Kennedys. Na peça em que retrata a “família Bozo”, ele critica a “classe média armamentista”, com tanques de guerra, favelas e tudo mais.

E, mesmo que a banda tenha cancelado os shows no país, vários artistas recriaram esse cartaz icônico. Além dos Ratos de Porão, também temos versões das bandas The Bombers, Cólera, Porno Massacre e mais! 

história do Punk Rock - Dead Kennedys

Fonte: Hypeness

Riot Grrrl

Os ritmos Indie, Punk, Grunge, Hardcore e Pop se encontram no movimento feminista Riot Grrrl. Afinal, muitos gêneros musicais são conhecidos pela misoginia, do mainstream ao underground, não é mesmo? Justamente por isso, vale conferir o manifesto publicado pela vocalista do Bikini Kill, Kathleen Hanna:

história do Punk Rock - Riot Grrrl

Fonte: Moda de Subculturas  

Estética e moda Punk

Com seu estilo provocador, a estilista-punk Vivienne Westwood voltou os holofotes fashion para as críticas sociais. Desde os anos 1980, suas roupas já visavam as pessoas que viviam à margem da sociedade, sabia disso?

E isso vai muito além de vestir os integrantes de bandas como o Sex Pistols. Afinal, suas criações trazem à tona reflexões sobre política e ativismo socioambiental. Não por acaso, ela é conhecida como a “mãe da moda Punk”.

história do Punk Rock - moda

Fonte: O Globo

Revolution Summer

Em 1985, o Revolution Summer criticava o sexismo e a violência na música no mood straight-edge. Além de abrir espaço para o Emo, bandas como o Minor Threat já falavam de veganismo e sustentabilidade, por exemplo.

7. Quais são os maiores nomes do Punk Rock de todos os tempos?

Quando falamos sobre os maiores nomes do Punk, nada melhor do que ouvir um especialista, né? De acordo com a Rolling Stone, essas são as 10 bandas preferidas do guitarrista Johnny Ramone:

Maiores discos de Punk Rock

Segundo o Louder Sound, esses são os 50 maiores discos de Punk Rock de todos os tempos:

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Mais nomes do Punk Rock

Além dos ícones que já citamos, não podemos nos esquecer dos artistas que tocam em diferentes estilos de Punk:

Se liga no rolê dessa galera Punk

E para você, quem mais representa a história do Punk Rock, no Brasil e no mundo? 

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10 hinos para “quebrar tudo” ao som da história do Punk Rock

Chegou a hora de curtir os hinos que marcaram a história do Punk Rock, das letras ácidas aos riffs eletrizantes. 

1. Blitzkrieg Bop

Quando falamos de Punk, naturalmente falamos de Ramones. Com uma pegada de Rockabilly e Surf Rock, essa é uma das bandas mais importantes da música mundial.

2. Should I Stay or Should I Go

Com letras politizadas, o The Clash espalhou sua influência pelo mundo todo. Além de protestar contra a monarquia inglesa, eles apoiaram o movimento sandinista da Nicarágua.

3. Anarchy In The UK

Provavelmente, você já ouviu “Anarchy In The UK” ou ainda “God Save The Queen”. Para Johnny Rotten, “a música precisa dar assistência a todo esse lixo (a sociedade britânica)”. 

4. I Wanna Be Your Dog

O single do The Stooges, “I Wanna Be Your Dog”, está entre as 500 melhores músicas da Rolling Stone. E, claro, a cereja do bolo é o vocal do padrinho do Punk, Iggy Pop. 

5. Cherry Bomb

O #girlpower da banda The Runaways abriu caminho para as garotas na cena underground. “Cherry Bomb”, por exemplo, foi composta por Joan Jett, tendo um toque de Glam Punk.

6. Last Caress

O estilo de Horror Punk dos Misfits faz bastante sucesso desde a década de 1980. Por falar nisso, o hit “Last Caress” já foi regravado tanto pelo Metallica, quanto pelo NOFX, sabia? 

7. Time Bomb

Com o single “Time Bomb”, o Rancid chegou ao 8º lugar no chart da Billboard Modern Rock Tracks. A propósito, o estilo Ska Punk também foi influenciado pela banda Operation Ivy. 

8. Holiday In Cambodia

Punks como os Dead Kennedys definitivamente não são “rebeldes sem causa”. Pelo contrário, os integrantes da banda realmente vestem a camisa do movimento Punk.  

9. Papai Noel, Velho Batuta

No Brasil, não podemos falar de Punk sem citar os Garotos Podres, né? No fim da ditadura, eles usaram o trocadilho do tal “velho batuta” para driblar os censores do regime militar.

10. This is The End (For You My Friend)

Por fim, chegamos ao legítimo Punk de protesto do Anti-Flag. Além de “This is The End (For You My Friend)”, também vale conferir “Racists” e “All Of The Poison, All Of The Pain”.

Playlist com + de 115 músicas de Punk Rock

Quando quiser curtir um Punk, se joga na playlist [Punk Rock] #28 Artcetera! Claro que nada substitui a vibe do show de Rock, mas você já pode ir entrando no clima do mosh!

Bônus: a história do Punk Rock envolvendo outros ritmos

Já que o post da história do Punk Rock está chegando ao fim, fica a questão: “should I stay or should I go”? Nesse caso, não precisa ir embora não, viu? Continue acessando vários artigos do blog Artcetera, assim como as nossas playlists no Spotify! 😉

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