-
7 curiosidades para conhecer a misteriosa história do Jazz
- 1. O que significa Jazz?
- 2. Quem é considerado o fundador do Jazz?
- 3. Mas como surgiu o Jazz? E onde nasceu?
- 4. Como aconteceu a história do Jazz nos Estados Unidos?
- 5. E quanto à história do Jazz no Brasil?
- 6. Quais são as características do Jazz? E os subgêneros?
- 7. Quem são os maiores nomes do Jazz de todos os tempos?
- 10 músicas que marcaram a história do Jazz
- Playlist com + de 40 músicas para curtir Jazz
Swing, Bebop, inovação, riffs e criatividade: o que isso tudo tem a ver com a história do Jazz? Hoje, vamos te contar como o povo de Nova Orleans se uniu para criar uma arte “improvisada”, mas que ganhou o mundo.
Aliás, o Jazz teve um papel fundamental na formação da identidade dos norte-americanos. Por falar nisso, o documentarista Ken Burns tentou “captar” a essência dos Estados Unidos em um documentário sobre esse gênero musical energizante.
Então, para conhecer a origem do ritmo que veio de New Orleans, vale conferir a série “História do Jazz”. Em 12 episódios, o cineasta mostra “o encontro entre a cultura das ruas e a criatividade da comunidade negra”, o que fez surgir esse novo jeito de fazer música.
7 curiosidades para conhecer a misteriosa história do Jazz
Assim como o Blues, a história do Jazz tem raízes africanas, com Spirituals e canções de trabalho. Contudo, os jazzistas também foram influenciados pela colonização europeia. Então, continue com a gente para descobrir como isso tudo aconteceu, enquanto ouve uma playlist exclusiva!
1. O que significa Jazz?
Primeiramente, vamos ao básico: o que é o Jazz? Além de ser um ritmo, essa manifestação artístico-musical une diversas culturas que formam a identidade norte-americana. Mas o gênero não se limita às fronteiras dos EUA, pois a expressão popular ganhou o mundo.
Nesse sentido, a Unesco celebra o Dia Internacional do Jazz em 30 de abril. Isso porque a música tem “o papel diplomático de unir as pessoas em todos os cantos do globo”. E, mesmo com o isolamento da covid-19, muitas estrelas se uniram no concerto virtual em 2021.
2. Quem é considerado o fundador do Jazz?
Se você quer saber quem criou o Jazz, os críticos acreditam que foi o cornetista Buddy Bolden. No fim da década de 1890, esse neto de escravos misturou as “blue notes” típicas do Blues (e das work songs) com o ritmo sincopado do Ragtime.
3. Mas como surgiu o Jazz? E onde nasceu?
Para saber onde surgiu o Jazz, vamos fazer uma imersão no legado multicultural de Nova Orleans. Afinal, a cidade norte-americana tem influências francesas, espanholas e afro-americanas, principalmente dos descendentes de escravos.
No período de 1890 e 1910, artistas como Buddy Bolden misturaram as tradições para criar novas músicas. E foi dessa inovação que começou a história do Jazz, envolvendo:
- negro spiritual;
- blue notes;
- chamada e resposta;
- work songs;
- forma sincopada;
- ragtime;
- polirritmia;
- improvisação;
- música gospel.
4. Como aconteceu a história do Jazz nos Estados Unidos?
A história do Jazz tem tudo a ver com a “melting pot” da cultura norte-americana. Ou seja, são vários ingredientes misturados no caldeirão para dar um novo sentido à expressão popular. E isso também envolve a Guerra Civil dos EUA, que aconteceu devido às controvérsias diante da escravavidão dos negros.
No caso, o estado da Louisiana (onde fica Nova Orleans) estava entre os escravagistas Confederados. E, mesmo após o fim da guerra, a cidade continuou sendo um local estratégico, tanto para o comércio, quanto para a passagem de pessoas de muitas origens.
Por exemplo, podemos citar diversas influências que formaram esse caldeirão cultural:
- escravos vindos do Caribe (cultura latina) e do interior dos Estados Unidos (mesma tradição rural do Blues);
- mestiços “Créoles” e cultura “Cajun“, que traziam à tona os aspectos multirraciais;
- liberdade sexual do bairro Storyville, com bares e bordéis que passaram a tocar Jazz.
Enfim, a mistura de influências abriu espaço para essa música nova e cheia de vitalidade. A propósito, dizem que o nome “jass” veio do perfume de jasmim das prostitutas de Storyville. Por outro lado, existe uma referência à gíria afro-americana “jasm”, que se traduz como “energia”.
Em 1922, a Original Creole Jazz Band gravou seu primeiro disco, com seus músicos negros de Nova Orleans. Logo depois, o ritmo começou a se popularizar em Chicago, ao estilo Dixieland.
E, após a crise de 1929, o gênero ganhou muito mais espaço nos EUA. Entretanto, o Jazz tinha a fama ligada à imoralidade naquela época, devido à relação com os speakeasies. Ou seja, os locais de venda ilegal de bebidas alcóolicas.
5. E quanto à história do Jazz no Brasil?
No Brasil, o Jazz teve muita influência do que estava acontecendo nos Estados Unidos. Na década de 1950, por exemplo, a mistura deste gênero com o Samba inspirou a Bossa Nova.
Falando nisso, alguns destaques do Jazz à moda brasileira são:
- Egberto Gismonti
- Hélio Delmiro
- Hermeto Pascoal
- João Gilberto
- Luiz Eça
- Márcio Montarroyos
- Raul de Souza
- Rio Jazz Orquestra
- Victor Assis Brasil
- Zimbo Trio
6. Quais são as características do Jazz? E os subgêneros?
Embora o Jazz tenha muitos estilos, algumas características permanecem “vivas” nos subgêneros, inclusive:
- improviso;
- criatividade;
- música dançante;
- liberdade artística;
- arranjos não lineares;
- sem leitura de partituras;
- variedade melódica, rítmica e harmônica.
Mais estilos e subgêneros do Jazz
- Dixieland (Jazz tradicional)
- Bebop
- Swing Jazz
- Jazz Blues
- Hard Bop
- Avant-garde jazz
- Latin Jazz (incluindo Afro-Cuban Jazz e Bossa Nova)
- Jazz modal
- Soul Jazz
- Free Jazz
- Cool Jazz
- Jazz Fusion
7. Quem são os maiores nomes do Jazz de todos os tempos?
Segundo a BBC e a Jazz FM, os 10 maiores nomes da história do Jazz são:
- Miles Davis
- Louis Armstrong
- Duke Ellington
- John Coltrane
- Ella Fitzgerald
- Charlie Parker
- Billie Holiday
- Thelonious Monk
- Bill Evans
- Oscar Peterson
Naturalmente, seria impossível escolher só 10 jazzistas, não é mesmo? Pensando nisso, vamos apelar para a licença poética, a fim de citar outros grandes nomes do Jazz mundial. E isso inclui compositores, pianistas, trompetistas, saxofonistas, cantores e daí em diante.
- Amy Winehouse
- B. B. King
- Benny Goodman
- Bessie Smith
- Bill Johnson
- Bix Beiderbecke
- Buddy Bolden
- Charles Mingus
- Chet Baker
- Chick Corea
- Clark Terry
- Count Basie
- Dave Brubeck
- Diana Ross
- Dizzy Gillespie
- Earl Hines
- Esperanza Spalding
- Etta James
- Frank Sinatra
- Gene Krupa
- Harry James
- Herbie Hancock
- Justin Kauflin
- King Oliver
- Lady Gaga
- Lester Young (Prez)
- Michel Camilo
- Nat King Cole
- Nina Simone
- Norah Jones
- Ornette Coleman
- Pat Metheny
- Ray Charles
- Sarah Vaughan
- Severino Araújo
- Sonny Rollins
- Stacey Kent
- Tony Bennett
- Wynton Marsalis
Jazzistas nacionais
Nessa harmonia, também precisamos citar 12 grandes jazzistas brasileiros, de acordo com o Jazz Mansion. Por sinal, o site destaca que os artistas nacionais “perambulam por estilos maravilhosos”, inclusive: Bossa Nova, MPB, Xaxado, Maracatu e afins.
- André Hernandes
- André Mehmari
- Arismar do Espírito Santo
- Badi Assad
- Bola Sete
- Carlos Tomati
- Heraldo do Monte
- Hermeto Pascoal
- Laurindo de Almeida
- Olmir Stocker
- Romero Lubambo
- Vinicius Dorin
E, claro, não podemos deixar de perguntar: você acha que temos outros grandes nomes do Jazz? Se a resposta for sim, conta pra gente nos comentários, ok?
10 músicas que marcaram a história do Jazz
Finalmente, chegou a hora do “improviso” que faz o nosso coração bater muito mais forte. Então, prepare-se para conhecer mais 10 hits que marcaram a história do Jazz!
1. So What
Não por acaso, o revolucionário trompetista Miles Davis é o primeiro nome da lista da BBC. Por ser tão criativo e habilidoso, dizem que ele “esfriou” o Bebop e lançou moda com um estilo mais sereno.
2. Feeling Good
A intrigante trajetória da cantora e pianista Nina Simone virou um filme. Então, corra pra ver “What Happened, Miss Simone?”, que fala da mente revolucionária dessa ativista racial. E a própria lenda do Jazz diz: “como ser artista e não refletir a época”?
3. What a Wonderful World
Certamente, o cantor e trompetista Louis Armstrong é um dos nomes mais famosos da música. Com um estilo suave e, ao mesmo tempo, uma voz marcante, ele gravou hits como “What a Wonderful World”.
4. Dream a Little Dream on Me
Por sua vez, Ella Fitzgerald é uma das divas do Jazz e, ainda, da Bossa Nova. Por exemplo, ela gravou um medley de Desafinado com Stardust. Além disso, outro grande sucesso foi o álbum “Ella Abraça Jobim”, com músicas em Português, como “A Felicidade”.
5. My Favorite Things
Para os críticos, Coltrane é “o maior sax tenor do Jazz” e “um dos maiores compositores de todos os tempos”. E a influência dele vai muito além, envolvendo tanto o Rock quanto a Música Erudita.
6. Shadow of your Smile
Sabia que a lendária Sarah Vaughan gravou um dueto com o brasileiro Wilson Simonal, na época da TV Tupi? E o melhor: esse show icônico ganhou uma versão em DVD (muitos anos depois, claro).
7. Time After Time
Aqui vai outra curiosidade: o trompetista Chet Baker tocou no Brasil em 1985, no Free Jazz Festival. E, se quiser conhecer mais dessa lenda da música, vale conferir o filme “Born to be Blue” e o documentário “Let’s Get Lost”.
8. Blue Moon
Além de ser uma das grandes vozes do Jazz, a cantora era uma ativista que lutava por direitos civis. Por isso, ela foi perseguida pelo governo dos EUA. E essa história é retratada na cinebiografia “The United States vs. Billie Holiday”.
9. It Don’t Mean a Thing If It Ain’t Got That Swing
Em meados de 1921, Duke Ellington já trabalhava na composição desse hit que marcaria a história do Jazz. Afinal, o “Swing” tomou conta dos Estados Unidos com as big bands e suas orquestras, principalmente após a Grande Depressão.
10. My Baby Just Cares for Me
Por fim, chegamos ao famoso saxofonista Charlie Parker, cuja vida boêmia inspirou o filme “Bird”. No longa-metragem de Clint Eastwood, o grande jazzman foi interpretado pelo ator Forest Whitaker.
Playlist com + de 40 músicas para curtir Jazz
Sempre que quiser se deliciar com as músicas do post, aproveite para ouvir nossa playlist [Jazz] #7 Artcetera!
Bônus: a história do Jazz contada em muitos ritmos (e películas)
- Em “Doo-Bop”, o inventivo Miles Davis aposta no diálogo com a cultura Hip Hop
- Já os espanhóis da Gambardella mesclam Rock, R&B, Funk e Latin no Jazz Fusion
- Com um estilo mais Pop, Lady Gaga e Tony Bennett brilham em “Cheek to Cheek”
- Este ritmo embalou filmes como “La La Land” e “A Princesa e o Sapo”, bem como a série “The Eddy”
- Ao misturar Jazz com Música Clássica, George Gershwin compôs Rhapsody in Blue
- Na música “Traição”, Esperanza Spalding toca junto com Ana Carolina. E mais: vale conferir o show dessa contrabaixista com Milton Nascimento no Rock In Rio!
Enfim, gostou das curiosidades que marcaram a história do Jazz? Por aqui, somos “suspeitos” para falar disso, já que amamos a música.
E, se o seu coração também bate acelerado quando ouve certas canções, aproveite para ler mais posts no Blog da Artcetera. ❤
Comentários