- 7 curiosidades da história do Grunge, o Seattle Sound
- 10 músicas que mantém viva a história do Grunge
- Playlist com + de 75 Músicas Grunge
Por acaso, você já se perguntou: será que o Grunge acabou mesmo? Hoje, vamos falar da história do Grunge, desde as bandas de garagem na “cidade cinza” às multidões de fãs. Então, vem com a gente conhecer a onda do Rock “Grungy”, que é o “Som de Seattle”.
Aqui no Blog, acreditamos que a música é eterna. Mas não dá pra negar que muitos artistas deixaram saudade, com tantas mortes precoces. Por exemplo: Kurt Cobain, Layne Staley, Scott Weiland, Chris Cornell, Andrew Wood, Kristen Pfaff, Mike Starr e Mia Zapata. 💔
Nostalgia à parte, vale a pena assistir ao documentário “Hype!” para conhecer de perto a história do Grunge. Nas palavras do produtor Jack Endino, essas bandas eram “intérpretes inconsistentes ao vivo”, já que o objetivo não era “ser artista”, mas sim “rock out”.
7 curiosidades da história do Grunge, o Seattle Sound
Quer saber de onde veio a fama de Rock “sujo” deste gênero musical? Então, chegou a hora de ouvir uma playlist enquanto você descobre as curiosidades da história do Grunge!
1. O que é o Grunge?
Descobrir o que significa o Grunge é mais simples do que parece. Dizem por aí que o nome do gênero musical veio de uma “pronúncia relaxada” da palavra “grungy”. De acordo com a Superinteressante:
“O termo grunge – que em seu sentido original significa “sujeira” ou “imundície” em inglês – descreve tanto o estilo visual (cabelo desgrenhado, roupas velhas e folgadas) de bandas e fãs, quanto o som saturado e distorcido das guitarras que dão o tom das músicas”.
E era justamente assim que os críticos se referiam aos músicos que começaram nas bandas de garagem. Apesar do termo pejorativo, a cena “grungy” explodiu e se tornou muito popular nos anos 1990.
Por falar nisso, a matéria da Superinteressante ainda cita outro fato interessante da história do Grunge:
“Na época, ninguém poderia imaginar que bandas tão anarquistas e barulhentas pudessem tomar conta do mercado pop mundial. Mas foi exatamente isso que aconteceu em 1991, quando Nevermind, segundo álbum do trio Nirvana, derrubou ninguém menos que Michael Jackson do primeiro posto das paradas americanas, abrindo a trilha do megaestrelato para outras bandas do cenário underground de Seattle, como Pearl Jam e Alice in Chains”.
Para conhecer mais sobre essa época, a dica é ler o livro “Babylon’s Burning: From Punk to Grunge”. Se preferir, assista ao filme “Singles (Vida de Solteiro)”. Nesse longa-metragem, a trilha sonora tem raridades do Grunge, com Soundgarden, Pearl Jam e mais!
2. Quem é considerado o fundador do Grunge?
Quer saber quem criou o Grunge? Por um lado, algumas pessoas dizem que o Green River foi o fundador do gênero, mas esse lugar já estava ocupado. Afinal, a madrinha do Grunge é a cantora Tina Bell, da banda Bam Bam.
Por ser uma mulher negra, Tina Bell nem sempre leva o crédito por ter impulsionado a história do Grunge. Em outros lugares, claro, porque aqui nós agradecemos a atitude Rock’n Roll dela. 🤘
No fim das contas, a banda dela gravou o EP “Villains (Also Wear White)” no ano 1984. Ou seja, isso aconteceu antes de “Come on Down” do Green River, que foi lançado em 1985.
De fato, Tina Bell e Green River abriram espaço para bandas que explodiram comercialmente nos anos 1990. E isso inclui bandas como:
3. Como surgiu o Grunge? E onde nasceu?
Quando falamos sobre onde surgiu o Grunge, imediatamente pensamos em Seattle, não é mesmo? Isso porque a grande onda do Rock surgiu (e explodiu) na cena musical da cidade “cinza”, no Noroeste Pacífico dos EUA.
Desde 1984, os artistas já misturavam vários estilos para criar uma “música suja”, segundo os críticos. Na verdade, o Seattle Sound era um jeito alternativo de tocar Rock, com influência de Hardcore Punk, Indie e Heavy Metal.
Realmente, o Som de Seattle ficou muito popular nos anos 1990, mas algumas bandas fugiram do mainstream. Hoje em dia, poucas delas estão ativas, seja pelo falecimento de integrantes, a separação dos grupos ou a chegada do Pós-Grunge.
Em todo caso, a era Grunge marcou o Rock moderno, em especial pela nostalgia de um tempo que não volta mais. 😢
4. Como aconteceu a história do Grunge no Brasil?
Sabia que os Titãs chamaram Jack Endino para produzir o álbum Titanomaquia, em 1993? Com um som mais pesado, esse disco foi um dos precursores do Grunge no Brasil, mas a banda rejeita esse rótulo.
Digão, dos Raimundos, diz que a cena de Seattle também abriu espaço para os nossos músicos. “As bandas da época mostraram que era possível fazer coisa boa só com bateria, guitarra e baixo, sem super produções”.
5. Quais as principais características do Grunge?
O Grunge é um estilo de Rock mais livre, cujas guitarras têm alto nível de distorção, com fuzz e feedback-intensivo. Por sinal, o Nirvana emplacou o formato das canções no naipe do “para-começa”.
Assim como no Punk, o som é “cru”, os interesses líricos são similares e as performances bem enérgicas. Porém, o Grunge tem “andamentos muito mais lentos, harmonias dissonantes e instrumentação mais complexa”, sem perder o estilo de banda de garagem.
Falando em energia e atitude Punk, os shows têm crowd surfing, stage divings, moshs e alpinismo nas estruturas dos palcos. Por exemplo, Eddie Vedder é conhecido por escalar os equipamentos de iluminação. E o Nirvana costumava destruir os instrumentos durante as performances, o que deixava os fãs em transe.
Já nas letras, os artistas trazem à tona os temas mais densos, incluindo:
- abuso
- alienação social
- angústia
- auto-dúvida
- bullying
- depressão
- desconforto com as pressões sociais
- desejo de liberdade
- desencanto com a sociedade
- exclusão social
- isolamento social
- memórias da infância
- negligência
- niilismo
- questionamentos existenciais
- sarcasmo
- slackerism da Geração X
- traição
- traumas psicológicos
Enfim, tudo isso compõe essa estética simples e despojada, com uma aparência “desleixada”, que virou febre nos anos 1990. A propósito, o Grunge se firmou como um dos movimentos culturais mais importantes desde os hippies.
Gêneros relacionados à história do Grunge
- Indie Rock
- Grunge (Seattle Sound)
- Hard Rock
- Hardcore Punk
- Heavy Metal
- Metal Alternativo
- Música Underground
- Noise Rock
- Post-Grunge
- Punk Rock
- Rock Alternativo
- Rock Psicodélico
- Sludge Metal
Qual a diferença entre Grunge e Indie Rock?
Algumas pessoas confundem Grunge com Indie. Logo, vale lembrar que o Independent Rock foi uma das influências do Seattle Sound. De quebra, a gravadora independente Sub Pop foi uma das primeiras a apostar na cena Grunge, no fim dos anos 1980.
7. Quais são os maiores nomes do Grunge de todos os tempos?
No ranking da revista Rolling Stone, essas são as bandas que têm os 50 melhores álbuns Grunge:
- 7 Year Bitch, com “¡Viva Zapata!”
- Alice In Chains, com “Dirt”, “Facelift” e “Jar Of Flies”
- Babes In Toyland, com “Spanking Machine” e “Fontanelle”
- Black Flag, com “My War”
- Fecal Matter, com “Illiteracy Will Prevail”
- Green River, com “Dry As A Bone” e “Come On Down”
- Hole, com “Live Through This”
- Jerry Cantrell, com “Degradation Trip”
- L7, com “Bricks Are Heavy” e “Smell The Magic”
- Mad Season, com “Above”
- Melvins, com “Houdini” e “Bullhead”
- Mother Love Bone, com “Apple”
- Mudhoney, com “Superfuzz Bigmuff” e “Every Good Boy Deserves Fudge”
- Neil Young e Crazy Horse, com “Ragged Glory”
- Nirvana, com “Nevermind”, “In Utero” e “Bleach”
- Paw, com “Dragline”
- Pearl Jam, com “Ten” e “Vs -”
- Screaming Trees, com “Sweet Oblivion”
- Skin Yard, com “Hallowed Ground”
- Soundgarden, com “Badmotorfinger”, “Superunknown”, “Ultramega OK”, “Louder Than Love” e “Screaming Life”
- Stone Temple Pilots, com “Core” e “Purple”
- Tad, com “8-Way Santa”
- Temple Of The Dog, com “Temple Of The Dog”
- The Fluid, com “Purplemetalflakemusic”
- The Gits, com “Enter: The Conquering Chicken”
- The Smashing Pumpkins, com “Siamese Dream”, “Mellon Collie And The Infinite Sadness” e “Gish”
- The Stooges, com “Fun House”
- The U-Men, com “Step On A Bug”
- Toadies, com “Rubberneck”
- Veruca Salt, com “American Thighs”
- Wipers, com “Youth Of America”
Mais nomes do Grunge
Também podemos citar outras bandas e artistas que fizeram história na Música Grunge e Pós-Grunge:
- 12 Stones
- Andrew Wood
- Audioslave
- Billy Corgan
- Blind Melon
- Blood Circus
- Breaking Benjamin
- Bundle Of Hiss
- Bush
- Candlebox
- Chris Cornell
- Coffin Break
- Collective Soul
- Courtney Love
- Creed
- Daniel Johns
- Dave Grohl
- Days of the New
- Default
- Dinosaur Jr.
- Dishwalla
- Downface
- Eddie Vedder
- Filter
- Foo Fighters
- Gas Huffer
- Goo Goo Dolls
- Grammatrain
- Gruntruck
- Hammerbox
- Hater
- Hoobastank
- Jane’s Addiction
- Kristen Pfaff
- Kurt Cobain
- Layne Staley
- Live
- Local H
- Love Battery
- Malfunkshun
- Matchbox Twenty
- Meat Puppets
- Mia Zapata
- Mike Starr
- My Sister’s Machine
- Nickelback
- Oleander
- Pixies
- Puddle of Mudd
- Seether
- Shinedown
- Silverchair
- Scott Weiland
- Sonic Youth
- Soul Asylum
- Sponge
- Staind
- Sugar Ray
- Tina Bell
- The Distance To Here
- The Exies
- The Nixons
- The Presidents of the United States of America
- The Supersuckers
- Theory of a Deadman
- Three Days Grace
- Truly
- Violent Soho
Artistas brasileiros influenciados pelo Grunge
- Abstruse
- Bechova
- Bravum
- Cotovelada
- Embriões
- Foulness
- Freak Baby
- Hangin Tree
- Loweasy
- Macedonia
- Monaural
- Nistalina
- Radio Front
- Raimundos
- Titãs
Na sua opinião, quem mais marcou a história do Grunge? Vai lá nos comentários e fala pra gente. 😜
10 músicas que mantém viva a história do Grunge
Finalmente, chegamos às canções que marcaram (e ainda marcam) a história do Grunge.
1. Smells Like Teen Spirit
Lembra que falamos do documentário “Hype!”? Lá, você confere as cenas do 1º show em que o Nirvana tocou “Smells Like Teen Spirit”, em 1991.
2. Alive
Depois de perder tantos ídolos Grunge, os fãs do Pearl Jam lançaram o movimento “Eddie Vedder stay safe”. Felizmente, ele continua são, salvo e fazendo shows.
3. Miss You Love
O single “Miss You Love”, do Silverchair, definitivamente não é uma música romântica. No caso, a letra fala da depressão de Daniel Johns, que dizia não sentir “qualquer emoção”.
4. Interstate Love Song
Em 1994, “Interstate Love Song” conquistou o 1º lugar na parada US Billboard Album Rock Tracks. Aliás, a sonoridade do Stone Temple Pilots também tem pitadas de Jazz e Blues.
5. Black Hole Sun
A voz magnética de Chris Cornell marcou gerações, seja no Soundgarden, no Audioslave ou na carreira solo. “Black Hole Sun”, por exemplo, se destacou nos charts Mainstream e Modern Rock.
6. 100%
O clipe de “100%”, do Sonic Youth, mostra a estética Grunge, dos skates às festas dos 90s, além de falar da morte de Joe Cole. E mais: Kim Gordon toca um baixo Fender do Keanu Reeves.
7. Would?
Com uma pegada de Sludge Metal, o Alice in Chains tem uma vibe um tanto quanto obscura. Sem dúvida, essa é uma das bandas mais influentes da cena Grunge.
8. Bullet With Butterfly Wings
A guitarra de “Bullet With Butterfly Wings” está entre as 100 melhores de todos os tempos, segundo a Rolling Stone. E esse hit também rendeu um Grammy ao Smashing Pumpkins.
9. Everlong
De baterista do Nirvana a vocalista do Foo Fighters: Dave Grohl é um dos grandes nomes da música mundial. E ele voltou a tocar a bateria na gravação de “Everlong”, sabia disso?
10. River Of Deceit
Por fim, chegamos ao supergrupo Mad Season, que foi um projeto paralelo de várias bandas Grunge. Com um som diversificado, eles também tinham um toque de Blues e Hard Rock.
Playlist com + de 75 Músicas Grunge
Curtiu o estilo underground das músicas do post? Então, vem conferir a nossa playlist [Grunge] #21 Artcetera!
Bônus: a história do Grunge envolvendo outros ritmos
- “Where Did You Sleep Last Night”: o Nirvana lançou um cover do cantor de Blues Leadbelly
- “Demented”: Mariah Carey e Clarissa Hughes (Chick) gravaram músicas com influência Grunge
- “Charlie Brown’s Parents”: a banda Dishwalla é conhecida por mesclar Pós-Grunge e Alt-Rock
- “No Rain” + “Shine”: o Mixed Up Everything lançou covers do Blind Melon e do Collective Soul
- “Celebrity Skin”: a banda de Courtney Love mistura Grunge com Power Pop, Punk e Noise Rock
- “I Hate Everything About You”: já o som do Three Days Grace tem o Metal Alternativo junto ao Grunge
- “Hate”: o Kiss lançou um álbum “denso e orientado” para o Grunge, chamado “Carnival of Souls: The Final Sessions”
- “Nothing Compares To U”: Chris Cornell, uma das grandes vozes do Rock, fez um cover desse hit da Sinéad O’Connor
- “Light My Fire”: essa é a versão do dia em que Eddie Vedder “substituiu” Jim Morrison no show do The Doors
- “Dead Men Don’t Rape”: as garotas da 7 Year Bitch são engajadas no Riot Grrrl. E esse movimento feminista underground une vários estilos: do Punk às Girl Groups:
Nosso post está chegando ao fim, mas a história do Grunge continua viva. Com camisa de flanela xadrez, All Star de cano alto, calça jeans surrada, camiseta de banda e tudo mais. Afinal, a música sempre está no coração da Artcetera. 🖤
Comentários