Sem a música a vida seria um erro”, já dizia o filósofo Friedrich Nietzsche. E, se você concorda com isso, chegou a hora de fazer uma imersão pela história da música. Por sinal, aqui vai um spoiler: existem registros dessa sonoridade desde a pré-história, sabia?

Enfim, recontar a história da música significa revisitar a trajetória da humanidade, a começar pelas épocas mais rústicas. Então, que tal fazer uma viagem no tempo para conhecer essa evolução musical e, depois, refletir sobre as perspectivas para o futuro com o NFT?   

Veja 7 curiosidades para conhecer a história da música 

Antes de contar a história da música, é fundamental ter em mente uma frase do maestro Tom Jobim. Para ele, “toda música é reflexo de uma época”. Nessa linha, ele está se referindo à cultura de um povo, dentro de um recorte de tempo e espaço. 

Por isso, falaremos das curiosidades sobre a história da música em diferentes períodos e regiões. Em especial, ela faz parte das 7 artes clássicas, juntamente com: Arquitetura, Escultura, Pintura, Literatura, Dança e Cinema.

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1. O que é música?

Música é uma expressão artística e cultural, que trabalha a harmonia entre sons, ritmos, vozes e melodias. Nessa perspectiva, a proposta é “organizar” e “combinar” a sonoridade e o silêncio, lançando mão de uma série de recursos, tais como:

  • duração;
  • timbre;
  • tom;
  • altura;
  • intensidade.

Já a palavra “música” vem do grego “musiké téchne”, que se traduz como “a arte das musas”. Nessa mitologia, o Deus Apolo costuma ser retratado junto com uma lira, uma vez que é ele quem rege as artes no panteão.   

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2. Como e onde surgiu a música?

Se você quer saber como e onde nasceu a música, o primeiro passo é pensar na arte rupestre. Afinal, existem registros no mundo todo sobre as pessoas dançando e tocando instrumentos rústicos, lembrando que a primeira flauta de ossos é datada de 60.000 a.C. Sabia disso? 

Possivelmente, a observação dos sons da natureza, como o trovão, gerou as primeiras experimentações musicais. E, desde a pré-história, essa era uma forma de se comunicar, celebrar a caça e exaltar os líderes. Além disso, as tribos africanas já apresentavam suas manifestações musicais há cerca de 50.000 anos. 

3. Como aconteceu a evolução da música no mundo?

Para conhecer a evolução musical, vamos aos highlights dos momentos após a pré-história que citamos anteriormente. E, se quiser mais detalhes, não deixe de comentar no fim do artigo para inspirar os nossos futuros posts, ok? 

Música na Antiguidade

Em 4.000 a.C, a música fazia parte dos rituais religiosos no Egito, que giravam em torno da agricultura. Para eles, o deus Thoth inventou a música e, então, Osíris a usou para civilizar o mundo.

Na Mesopotâmia, em 3.000 a.C, as liras e as harpas estavam presentes na liturgia dos sumérios. Nessa região, os assírios tinham suas cítaras, um instrumento musical que também era muito usado pelos chineses. 

Por falar em chineses, tanto eles, quanto os indianos, passaram a relacionar a música com a espiritualidade. Na China, usava-se a escala pentatônica (5 tons) e, na Índia, o método se chamava “ragas”, formado por tons e semitons, sem as notas musicais que conhecemos. 

Chegando à Grécia e à Roma Antiga, lembre-se de que a importância da música vai muito além das suas respectivas mitologias. Para exemplificar, o grego Pitágoras estabeleceu uma conexão com a matemática, em se tratando de notas musicais e intervalos. 

E, nesse período helenístico, os romanos usavam o órgão hidráulico (hýdraulis), que era acionado com a força da água. Em paralelo, eles realizavam festivais como a Saturnália, em honra ao deus Saturno, que, dizem as más línguas, tem uma certa relação com o Carnaval.

Música da Idade Média até o Romantismo

Na Idade Média, a música se tornou parte das cerimônias da Igreja Católica, com os órgãos e o canto gregoriano. Na época, a monja beneditina Hidelgard Von Bingen, conhecida como Sibila do Reno, foi uma compositora medieval de muito destaque.

Com a ascensão da ciência e da razão no Renascimento, a música se distanciou da religião. Além de ter um caráter mais universal, isso abriu caminho para a polifonia, com a combinação de 4 ou mais sons tocados simultaneamente. 

Em seguida, temos os períodos Barroco e Clássico, que consolidaram o que entendemos por Música Clássica. Aqui, as composições eruditas se tornam mais relevantes do que o canto, quando então surgem as sonatas, sinfonias, óperas, concertos e quartetos de corda. 

E, em contraponto à estrutura formal do Classicismo, o Romantismo trouxe à tona mais liberdade na composição. Assim, os compositores da época imprimiram mais emoção e intensidade em suas obras.  

Música contemporânea (do século XX em diante)

Do século XX para cá, temos uma série de movimentos culturais que impactam no fazer musical. Mas, no post de hoje, daremos destaque ao auge da Música Eletrônica, que, na verdade, vinha sendo construída desde 1973, com o teclado Golden Dionysus, Denis d’or. 

Depois, vieram outros instrumentos, como o Telarmônio, o Teremim e o Órgão Hammond. Entretanto, o ponto de virada se deu na mixagem sonora em 1948 e se consolidou com a criação dos sintetizadores RCA Music Synthesizer, Buchla e, finalmente, Moog.

Adicionalmente, vale lembrar que surgiram diversos gêneros musicais nesse ínterim, como:

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4. Quando a música surgiu no Brasil?

Se você pensou que a história da música no Brasil começou com as caravelas portuguesas, é aí que se engana. Isso porque as tribos indígenas sempre tiveram a música no centro de  suas tradições, raízes essas que o Sepultura buscou ressaltar em Roots Bloody Roots.   

Após a colonização portuguesa e a escravização dos africanos, a mistura de ritmos toma conta do país. Por exemplo, podemos citar: Maracatu, Axé, Brega, Pagode, Frevo, Forró e muito mais.

5. Quantos gêneros musicais existem?

Sabia que existem mais de 5.700 distinções de gêneros musicais, inclusive os subgêneros e gêneros de fusão? Se quiser conhecê-los, acesse o site Every Noise At Once, que tem um gráfico de dispersão gerado por algoritmos da web. 

Para adiantar, esse é um recorte que demonstra as buscas em streamings, com destaque para Rap, K-Pop, R&B, Dub e mais:

história da música - gêneros

Falando nisso, as linguagens da história da música conversam entre si e criam novas expressões artísticas. Por exemplo, a Música Indie se divide em Indie Folk, Indie Rock, Indie Pop e assim por diante.

E para você, qual é o seu gênero preferido? Conta pra gente! 

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6. Quais são os principais instrumentos musicais?

Em linhas gerais, os instrumentos musicais se dividem nas seguintes classificações:

  • sopro: flauta, saxofone, gaita, trompa e afins; 
  • percussão: tambor, pandeiro, bateria e outros;
  • cordas: harpa, violão, violino, contrabaixo etc.

7. Qual a relação entre a tecnologia, a mídia e a música?

Sem dúvida, a tecnologia transformou a indústria fonográfica e o jeito de se conectar com as músicas e os artistas. E isso vai desde a agilidade na produção e distribuição dos fonogramas até os novos hábitos de consumo da sociedade.  

Por acaso, você é da época do vinil, das mixtapes de fita cassete ou do MP3? Muito antes dos gigantes de streaming como o Spotify, quais eram as mídias usadas para ouvir música? Realmente, já foram muitas e muitas opções entre o gramofone e o smartphone, né? 

E, se você também sentiu uma certa nostalgia, não deixe de compartilhar qual foi a mídia que você mais usou. Aliás, corre lá nos comentários pra gente ver quem é #cringe de verdade. É para o TCC de um amigo, prometo! 😝 

Em uma nota paralela, cabe ressaltar que muitas dessas mudanças foram impulsionadas pelas mídias de massa. No fim das contas, o rádio e a TV divulgavam o trabalho dos artistas que tinham contratos com as gravadoras, em larga escala.

Mas isso também mudou com a popularização da internet, dando mais espaço para os selos e artistas independentes. E, com o NFT que abordaremos logo adiante, esse panorama está entrando em uma nova revolução. Continue conosco para conferir!

Evolução da música: da história ao futuro com o NFT

Agora que falamos da história da música, também podemos refletir sobre as perspectivas para o futuro. De fato, a tecnologia abre espaço para o que antes era impensável, como criar uma “nova” música do Nirvana por meio da inteligência artificial.

O projeto Lost Tapes of the 27 Club tem recriações das obras de vários artistas que deixaram saudade. Veja uma delas:

Mas as inovações tecnológicas não param por aí. Com o NFT, os artistas comercializam seus ativos emitidos digitalmente, isto é, as faixas musicais disponibilizadas na internet. Basicamente, os non-fungible tokens usam criptografia para representar algo que é único, como os fonogramas. E isso já está sendo usado por artistas como:

  • Kings of Leon
  • deadmau5
  • Pabllo Vittar
  • Shawn Mendes
  • Azealia Banks
  • Supla
  • Grimes
  • André Abujamra

A propósito, esse certificado inviolável da obra original reacende o debate sobre sample e plágio, não é mesmo? E, para entender melhor essa dinâmica, confira um vídeo que aborda a questão dos direitos autorais em tempos de NFT:

Curta as 10 melhores músicas da história 

Até aqui, deu pra perceber que a história da música realmente vem de tempos imemoriais, certo? Com isso em mente, daqui em diante falaremos dos estilos mais modernos ou contemporâneos, se você preferir, sempre acompanhando as mudanças da sociedade. 

Nesse sentido, a Rolling Stone lançou seu tradicional ranking das 500 melhores músicas de todos os tempos. A seguir, temos o top 10 dessa seleção que foi preparada por mais de 250 especialistas, artistas, produtores e críticos, na ordem publicada pela revista:

1. Respect | Aretha Franklin 

2. Fight the Power | Public Enemy

3. A Change Is Gonna Come | Sam Cooke

4. Like a Rolling Stone | Bob Dylan

5. Smells Like Teen Spirit | Nirvana

6. What’s Going On | Marvin Gaye

7. Strawberry Fields Forever | The Beatles

8. Get Ur Freak On | Missy Elliott

9. Dreams | Fleetwood Mac

10. Hey Ya! | Outkast

Extra: hit do Jorge Ben Jor entre as 500 melhores de todos os tempos 

Embora os brasileiros não tenham tido muito espaço no ranking, Jorge Ben Jor conquistou o 351º lugar. Em “Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)”, a revista destaca a versatilidade do nosso artista, que mescla Bossa Nova, Funk, Samba e Rock.

E, se você curtiu o post sobre a história da música, saiba que temos muito mais de onde isso veio. Então, aproveite para conferir mais artigos da Artcetera, como: filmes de Rock, séries de Hip Hop, trilhas sonoras famosas e curiosidades de vários ritmos musicais. 

Vamos nessa?

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