A magia do cinema transcende fronteiras e línguas, e no Brasil, essa magia ganhou vida de maneira única e vibrante.

A história do cinema brasileiro é um caleidoscópio de emoções, refletindo a vastidão cultural e social de uma nação que pulsa em ritmos diversos.

Das primeiras projeções em preto e branco aos mais recentes sucessos de bilheteria, o cinema do Brasil nos presenteou com obras que nos fizeram rir, chorar, refletir, e sonhar.

Com tantas obras magníficas em nosso portifólio nacional, fica até difícil elencar os 10 melhores filmes brasileiros de todo os tempos, né?

Mas topamos o desafio. A seguir, reunimos aqueles que são considerados, tanto pela crítica quanto pelo público, os filmes mais icônicos da história do nosso país.

Confira 👇

Melhores filmes brasileiros de todos os tempos

  • O Pagador de Promessas (1962)
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
  • Macunaíma (1969)
  • Central do Brasil (1998)
  • O Auto da Compadecida (2000)
  • Cidade de Deus (2002)
  • Tropa de Elite (2007)
  • O Som ao Redor (2012)
  • Que Horas Ela Volta? (2015)
  • Bacurau (2019)

O Pagador de Promessas

O Pagador de Promessas é um filme brasileiro lançado em 1962, dirigido por Anselmo Duarte. Baseado na peça teatral homônima escrita por Dias Gomes, o longa é considerado um marco no cinema brasileiro e internacional, tendo ganhado a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962.

A trama gira em torno de Zé do Burro, interpretado por Leonardo Villar, um homem simples do sertão nordestino que faz uma promessa a Santa Bárbara para curar seu burro doente.

Quando seu burro se recupera, Zé decide cumprir sua promessa carregando uma pesada cruz até a igreja de Santa Bárbara, localizada a quilômetros de distância. No entanto, ao chegar à cidade, ele se depara com a resistência da igreja católica e de outras figuras da sociedade.

O Pagador de Promessas é notável por sua abordagem temática, explorando questões de religião, preconceito, intolerância e poder.

O filme examina os desafios enfrentados por Zé do Burro, que se vê confrontado não apenas com as dificuldades físicas de carregar a cruz, mas também com a resistência de instituições e indivíduos que não compreendem sua devoção.

Deus e o Diabo na Terra do Sol

Deus e o Diabo na Terra do Sol é um filme brasileiro lançado em 1964, dirigido por Glauber Rocha. Este longa é uma das obras mais influentes e marcantes do cinema brasileiro, além de ser um ícone do movimento cinematográfico conhecido como Cinema Novo.

A trama segue as jornadas de Manuel e Rosa, um casal de camponeses que, após um evento trágico, decidem se rebelar contra a exploração de latifundiários e líderes religiosos.

Eles embarcam em uma jornada em busca de liberdade e justiça, encontrando diferentes personagens e situações que os confrontam com questões morais e sociais complexas.

Deus e o Diabo na Terra do Sol é notável por sua abordagem estilística ousada e sua narrativa simbólica. O filme utiliza elementos de realismo e alegoria para explorar temas como religião, opressão, luta de classes e busca espiritual.

A direção de Glauber Rocha é caracterizada por seu uso inovador de imagens e símbolos, contribuindo para a criação de um estilo cinematográfico único e impactante.

O filme também é conhecido por seu engajamento político e social, refletindo o contexto turbulento da época em que foi lançado.

Macunaíma

Macunaíma é um filme brasileiro lançado em 1969, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. Baseado no romance homônimo de Mário de Andrade, o longa é uma adaptação única e ousada que mescla elementos de folclore, mitologia e política.

A trama segue as aventuras do personagem-título, Macunaíma, interpretado por Grande Otelo e posteriormente por Paulo José.

Macunaíma é um herói preguiçoso e trapaceiro que embarca em uma jornada surreal e fantástica pelo Brasil, enfrentando figuras míticas e desafios ao longo do caminho.

O filme é conhecido por sua abordagem estilística inovadora, que inclui a combinação de elementos do Cinema Novo com uma estética que reflete a diversidade cultural do país.

A narrativa não linear e a presença de elementos do folclore e da cultura popular conferem ao filme uma atmosfera única e onírica.

Macunaíma também é notável por sua crítica política e social, que satiriza a história e a identidade do Brasil, bem como questões como o racismo, o colonialismo e a modernização.

Central do Brasil

Central do Brasil
Central do Brasil

Central do Brasil é um filme brasileiro lançado em 1998, dirigido por Walter Salles. O longa é amplamente reconhecido como uma das obras mais icônicas e premiadas do cinema brasileiro, além de ter conquistado destaque internacional.

A trama gira em torno de Dora, uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas na estação de trem Central do Brasil, que fica localizada na cidade do Rio de Janeiro.

Após um encontro inesperado com um menino chamado Josué, cuja mãe faleceu, Dora se envolve em uma jornada de autodescoberta e redenção ao ajudar o garoto a encontrar seu pai no sertão nordestino.

Central do Brasil é marcado por sua abordagem sensível e humana, explorando temas como solidão, compaixão e a busca por identidade.

O filme oferece uma visão íntima das realidades sociais e econômicas do Brasil, enquanto destaca a relação especial entre Dora e Josué, que passam a formar um vínculo afetivo profundo durante sua jornada

O Auto da Compadecida

O Auto da Compadecida é um filme brasileiro lançado em 2000, dirigido por Guel Arraes. O longa é uma adaptação cinematográfica da peça teatral homônima escrita por Ariano Suassuna, um dos ícones da literatura e cultura nordestina.

A trama se passa no sertão nordestino e segue as aventuras de João Grilo e Chicó, dois amigos vivendo em um ambiente de pobreza e desafios.

Eles se envolvem em situações cômicas e dramáticas enquanto enfrentam figuras folclóricas, como o cangaceiro Severino e o diabo em pessoa, numa série de eventos surreais e satíricos.

Ao longo da história, a figura da Compadecida, uma representação da Virgem Maria, desempenha um papel importante na trama, oferecendo julgamento e compaixão.

O Auto da Compadecida é notável por sua mistura única de comédia, drama, elementos folclóricos e religiosos.

O filme captura a essência do Nordeste brasileiro e suas tradições culturais, ao mesmo tempo em que oferece uma visão crítica e irônica da sociedade.

Cidade de Deus

Cidade de Deus é um filme brasileiro lançado em 2002, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund. O longa é baseado no romance homônimo escrito por Paulo Lins e é considerado um dos marcos do cinema nacional contemporâneo.

A trama se passa na favela Cidade de Deus, localizada no Rio de Janeiro, e abrange um período de décadas, desde os anos 1960 até os anos 1980.

O filme narra a história de diversos personagens que vivem na comunidade e suas trajetórias interconectadas, explorando temas como violência, pobreza, tráfico de drogas e a busca por uma vida melhor.

Cidade de Deus é conhecido por sua abordagem crua e realista, bem como por sua narrativa fragmentada que retrata a vida na favela sob diversas perspectivas.

O filme utiliza uma linguagem cinematográfica inovadora, com cortes rápidos e uma trilha sonora marcante, para criar uma experiência intensa e envolvente.

O filme recebeu aclamação da crítica internacional e foi indicado a quatro categorias no Oscar, incluindo Melhor Diretor.

Tropa de Elite

Tropa de Elite é um filme brasileiro lançado em 2007, dirigido por José Padilha. O longa ganhou grande destaque por sua abordagem realista e intensa sobre o combate ao tráfico de drogas e a violência no Rio de Janeiro.

A trama é protagonizada por Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, um líder do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro

O filme explora as dificuldades enfrentadas pelos policiais no combate ao tráfico de drogas e a corrupção no sistema policial.

A narrativa também mergulha nas relações complexas entre a polícia, os traficantes e a população local, além de abordar as consequências psicológicas e morais do trabalho no BOPE.

Tropa de Elite é conhecido por sua linguagem cinematográfica crua e por apresentar um retrato visceral da violência urbana e da realidade dos confrontos nas favelas do Rio de Janeiro.

O filme utiliza uma abordagem estilística distinta, incluindo o uso de narração em primeira pessoa e a câmera em movimento, para criar uma sensação de imersão e urgência.

O Som ao Redor

top 10 Melhores filmes brasileiros de todos os tempos
O Som ao Redor

O Som ao Redor é um filme brasileiro lançado em 2012, dirigido por Kleber Mendonça Filho. O longa é notável por explorar de forma íntima e sensível as dinâmicas sociais e psicológicas de um bairro de classe média no Recife.

A trama aborda as interações entre os moradores de um conjunto de casas e de uma empresa de segurança que oferece serviços contra roubos e invasões.

O filme apresenta um olhar atento para as relações entre classes sociais, os conflitos latentes e as tensões subjacentes que permeiam aquele cotidiano.

A abordagem do diretor à narrativa é marcada por uma atmosfera sensorial única, utilizando o som de maneira proeminente para transmitir a sensação de inquietação, expectativa e intimidade que envolve os personagens.

A produção recebeu elogios da crítica por sua abordagem inovadora e sua exploração profunda das nuances sociais e psicológicas da vida urbana brasileira.

Que Horas Ela Volta?

Que Horas Ela Volta? é um filme brasileiro lançado em 2015, dirigido por Anna Muylaert. O longa aborda questões de classe social, desigualdade e relações humanas através da história de uma empregada doméstica e sua relação com uma família de classe alta.

A trama segue Val, interpretada por Regina Casé, uma empregada doméstica que trabalha há anos para uma família rica em São Paulo.

Sua vida sofre uma reviravolta quando sua filha, Jéssica, vem de Pernambuco para prestar vestibular na cidade.

A presença de Jéssica desencadeia uma série de eventos que expõem as disparidades sociais e os conflitos entre empregados e empregadores.

Que Horas Ela Volta? é notável por sua abordagem sensível e realista das dinâmicas de classe no Brasil, explorando o papel das empregadas domésticas e as relações complexas que surgem entre elas e suas famílias empregadoras.

O filme lança luz sobre as tensões subjacentes e as assimetrias de poder que muitas vezes estão presentes nessas relações.

O longa foi muito bem recebido tanto no Brasil quanto internacionalmente, ganhando prêmios e sendo indicado a festivais renomados.

Bacurau

Bacurau é um filme brasileiro lançado em 2019, dirigido por Kleber Mendonça Filho em parceria com Juliano Dornelles.

O longa é uma mistura de gêneros, que vai desde o drama até o suspense, e é notável por sua abordagem única e provocativa em relação à vida no interior do Brasil, mais especificamente no nordeste.

A trama se passa no pequeno e fictício povoado de Bacurau, localizado no sertão nordestino. A comunidade se encontra em um futuro próximo e lida com uma série de eventos bizarros e perturbadores, incluindo a inexplicável ausência do vilarejo nos mapas e o surgimento de ameaças externas.

À medida que os eventos se desenrolam, os moradores de Bacurau precisam se unir para enfrentar uma ameaça misteriosa que põe em risco a sobrevivência de sua comunidade.

Bacurau se destaca por sua mistura de elementos culturais brasileiros, sua crítica social afiada e sua narrativa intrigante. O filme explora temas como colonialismo, marginalização social e resistência com uma abordagem visual e sonora arrojada.

E aí, concorda com o nosso top 10 melhores filmes brasileiros de todos os tempos? Fala aí pra gente nos comentários 👊

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