- 7 curiosidades para conhecer a história da Videoarte
- 160 destaques que marcaram (e ainda marcam) a história da Videoarte
Quem é #cringe sabe que a revolução digital mudou significativamente o estilo de vida, né? Naturalmente, essa mudança veio acompanhada da vanguarda artística. Logo, preparamos um post para falar da história da Videoarte e suas incríveis experimentações multimídia.
Basicamente, é um novo olhar para a produção audiovisual, que revela novas formas de expressão cultural e artística. Nessa linha, listamos 140 videoartistas que se destacam na história da Videoarte, junto com Vídeo Mapping, Videoinstalação e Vídeo Digital.
7 curiosidades para conhecer a história da Videoarte
Para facilitar o entendimento sobre as nuances dessa Arte Multimídia, vamos começar pelas curiosidades da Videoarte. Bora lá?
1. O que significa Videoarte?
Videoarte é uma manifestação artística e cultural que lança mão da tecnologia de vídeo como um canal para a expressão. Atualmente, essa linguagem transita entre as Artes Visuais e a Arte Digital, dialogando com Cinema, Dramaturgia, Escultura, Música e afins.
2. Quem é considerado o fundador da Videoarte?
Se você quer saber quem criou a Videoarte, podemos citar diversos vanguardistas que fizeram parte do Grupo Fluxus. Logo mais falaremos de videoartistas pioneiros como Wolf Vostell, mas, para adiantar, o sul-coreano Nam June Paik é tido como o pai da Videoarte.
3. Onde nasceu a Videoarte? E como surgiu?
Para abordar “como e onde surgiu a Videoarte”, precisamos falar do movimento libertário Fluxus, que veio da Alemanha nos anos 1950. Em busca da “antiarte”, a proposta era mesclar expressões (Arte Visual, Literatura, Música…), criticando a arte como mercadoria.
Principais marcos da história da Videoarte
- 1963: Wolf Vostell lança Sun in your head e 6 TV Dé-Coll/age, as precursoras da Videoarte em si
- 1965: Nam June Paik expõe TV Magnet (marco inicial da Videoarte), obra feita com a câmera portátil da Sony, a Portapak
- 1968: Bruce Nauman cria Bouncing in the corner, com seu corpo em um movimento de repetição
- 1969: Ira Schneider e Frank Gillette fazem a videoinstalação Wipe Circle com linguagem de programação
- 1971: Vito Acconci recria a ligação entre espectador e obra em Association Area e The Red Tapes
- 1971: John Baldessari faz uma crítica irreverente ao meio audiovisual com o vídeo I’m making art
- 1993: Gary Hill lança a primeira videoinstalação interativa, Tall Ships, com o conceito de telepresença
4. Como aconteceu a história da Videoarte no Brasil?
Entre os brasileiros, os pioneiros da Videoarte são Antônio Dias e Analívia Cordeiro. Segundo a historiadora de arte Ana Magalhães:
“A Videoarte no Brasil está diretamente ligada às novas práticas artísticas, isto é, à emergência da performance, da instalação, e do uso de filme em Super-8 ou 16 mm, e da fotografia como documentação dessas práticas.
No Brasil, essas novas práticas surgiram a partir de meados da década de 1960 e chegaram ao seu auge, se assim podemos dizer, no início da década de 1970”.
Para mais detalhes, indicamos o documentário História da Videoarte no Brasil e Produção Artística Independente:
5. Como funciona a Videoarte?
A Videoarte conecta a produção audiovisual com as linguagens de Arte Digital e Visual. Basicamente, a tecnologia é um meio para expressar as mensagens, usando novos elementos no fazer artístico e, em especial, priorizando o ponto de vista do espectador.
Para a brasileira Sallisa Rosa, que estuda as relações entre memória, colonialidade e ancestralidade:
“Minha prática tem a ver com imagem, fotografia e vídeo, mas também com instalações e obras participativas. Tenho uma pesquisa sobre caminhos e tenho ido muito no sentido de trabalhar com a terra. Refletindo sobre arte e território, penso na materialidade deste elemento que guarda a memória de tudo que já passou e está registrado no solo: pessoas, bichos, plantas e rochas. Acho que a arte também passa por essa demanda de reinvenção e luta por território”.
6. Quais são as principais características da Videoarte?
Elencamos as características dessa linguagem artística, lembrando que a Videoarte dialoga com outras expressões:
- com a popularização do vídeo nos anos 1960, mais artistas plásticos tiveram acesso às novas formas de se expressar;
- crítica às mídias de massa (principalmente a TV) e ao mercantilismo relacionado ao universo da arte;
- conexão com: Pop Art, Minimalismo, Arte Performática, Dadaísmo, Happening e Arte Conceitual;
- alinhamento entre arte e tecnologia para fins socioculturais, artísticos, jornalísticos e publicitários;
- reflexão sobre as mídias que temos à disposição e o uso disso tudo no cotidiano (para o bem e para o mal);
- reconfiguração da linguagem, com novas formas de pensar a identidade visual da comunicação;
- nos anos 1990, a Videoarte passou a ser vista como um subgênero da Arte Fílmica pelo potencial midiático;
- as inovações tecnológicas permitem novas experimentações, como projeções de Vídeo Mapping e construções coletivas.
Tipos de Videoarte
Para conhecer as ramificações da Videoarte, vale conferir as linguagens que estão ligadas direta ou indiretamente:
7. Para que serve a Videoarte?
A Videoarte é uma forma de expressão artístico-cultural da nossa sociedade, tendo evoluído muito dos anos 1950 para cá. Ou seja, essa linguagem reflete o tempo e o espaço em que está inserida, evidenciando como a tecnologia molda o nosso estilo de vida contemporâneo.
160 destaques que marcaram (e ainda marcam) a história da Videoarte
A seguir, listamos 140 artistas que fizeram (e estão fazendo) a história da Videoarte, assim como 10 exemplos de obras e 10 livros. Para tal, buscamos inspiração nos sites Hypeness, Artsy, Arte Que Acontece, Fluxus, Itaú Cultural, Jornal da USP, SP-Arte e outros blogposts.
140 artistas de Videoarte, Vídeo Digital, Videoinstalação e Vídeo Mapping
- Abel Azcona
- Agrippino de Paula
- Alice Micelli
- Ana Mendieta
- Analivia Cordeiro
- Anna Bella Geiger
- Antonio Dias
- Antonio Manuel
- Arthur Omar
- Artur Barrio
- Beryl Korot
- Bill Viola
- Bruce Conner
- Bruce Nauman
- Cao Guimarães
- Carla Chan
- Carmela Gross
- Cecilia Barriga
- Charles Atlas
- Cheri Gaulke
- Christian Marclay
- Claudio Bueno
- Colin Campbell
- Dan Graham
- Dara Birnbaum
- David Rokeby
- Denilson Baniwa
- Dimitri Devyatkin
- Donato Ferrari
- Dora Longo Bahia
- Doris Totten Chase
- Doug Aitken
- Douglas Gordon
- Eder Santos
- Eric Siegel
- Eva e Franco Mattes
- Fernando Cocchiarale
- Fernando Velásquez
- Frank Gillette
- Gabe Barcia-Colombo
- Gabriel Borba
- Gabriel Zimbardi
- Gary Hill
- Gastão de Magalhães
- Gisela Motta
- Giselle Beiguelman
- Gregg Bordowitz
- Gretchen Bender
- Guilherme Peters
- Hannah Black
- Hélio Oiticica
- Henrique Roscoe
- Hito Steyerl
- Iole de Freitas
- Ira Schneider
- Isaac Julien
- Ismaïl Bahri
- Ivens Machado
- Janet Biggs
- Joan Jonas
- John Baldessari
- John D. Boswell
- Jonas Mekas
- José Roberto Aguilar
- Joseph Beuys
- Judith Goddard
- Juli Flinker
- Julio Plaza
- Kate Craig
- Katja Loher
- Kurt Schwitters
- Laura Ramirez (Optika VJ)
- Leandro Lima
- Leandro Mendes (VJ Vigas)
- Letícia Parente
- Letícia Ramos
- Lisa Steele
- Lucas Bambozzi
- Luiz Roque
- Lygia Pape
- Lyn Blumenthal
- Lynn Hershman Leeson
- Marcel Odenbach
- Marcello Nitsche
- Marcellvs L.
- Marina Rebouças
- Martha Rosler
- Matthew Barney
- Maunto Nasci
- Maureen Connor
- Michael Betancourt
- Miriam Danowski
- Mona Hatoum
- Motomichi Nakamura
- Nam June Paik
- Nancy Buchanan
- Norman Cowie
- Paul Pfeiffer
- Paulo Herkenhoff
- Paulo Nazareth
- Peter Campus
- Peter Donebauer
- Philippe Parreno
- Pipilotti Rist
- R. Luke DuBois
- Regina Silveira
- Ricardo Domeneck
- Richard Serra
- Roberto Cruz
- Roberto Sandoval
- Rubens Gerchman
- Ryan Trecartin
- Sallisa Rosa
- Sam Taylor-Johnson
- Shigeko Kubota
- Shirin Neshat
- Skip Blumberg
- Solange Farkas
- Sondra Perry
- Sonia Andrade
- Steina e Woody Vasulka
- Stephen Partridge
- Steve McQueen
- Steve Reinke
- Sue de Beer
- Tamara Krikorian
- Terry Berkowitz
- Thiago Rocha Pitta
- Tony Oursler
- Tunga
- Valie Export
- Vito Acconci
- Walid Raad
- Walter Silveira
- Will Gill
- William Kentridge
- William Wegman
- Wolf Vostell
- Yang Fudong
- Youssef Nabil
Agora, queremos saber de você: conhece mais alguém que marcou a história da Videoarte? Se tiver mais alguma indicação, é só comentar no fim do post, ok? Assim, teremos mais insights para os próximos artigos do nosso blog.
10 exemplos de Videoarte, Videoinstalação, Vídeo Mapping e Vídeo Digital
- feita planta, de Sallisa Rosa
- Îles flottantes (Se Monet encontrasse Cézanne, em Montfavet), de Douglas Gordon
- Tristan’s Ascension, de Bill Viola
- Megatron/Matrix e Electronic Superhighway, de Nam June Paik
- Video Mapping no vestido da Jennifer Lopez, no American Idol
- Performance de Tom Zé e Vídeo Mapping no Museu Nacional, no Festival Multiplicidade
- Flesh Wall, de Sondra Perry
- Projeção na fachada, no Sydney Opera House
- Jack: Projection Mapping Sculpture, de Motomichi Nakamura
- Gloria’s Call, de Cheri Gaulke
10 dicas de livros sobre Videoarte
- Videoarte: Uma Introdução | Tom Ang
- Arte Digital y Videoarte: Transgrediendo los Límites de la Representación | Donald Kuspit, Lourdes Cilleruelo e mais
- Bill Viola | John G. Hanhardt
- Video/Art: The First Fifty Years | Barbara London
- The Videoart at Midnight Artists’ Cookbook: Eighty Artists Eighty Dishes | Olaf Stuber e Anton Stüber
- Videoarte para Iniciantes | Ana Paula Freitas
- Video Art Today: A Collection of Videoart from the Perm Collection of Galerie Chartier | Russell Chartier
- Fluxus Means Change: Jean Brown’s Avant-Garde Archive | Marcia Reed
- Nam June Paik: Exposition of Music, Electronic Television, Revisited | Nam June Paik, Justin Hoffmann e mais
- Video Art | Michael Rush
E, depois de conhecer as curiosidades e a história da Videoarte, não deixe de fazer um tour por outras expressões artísticas, como:
- 10 clássicos de suspense e terror italiano nos filmes Giallo
- Conheça o movimento experimental da Vanguarda Paulista
- Trilhas do Fantasmagorie ao Metaverso na Animação Digital
Nos vemos nos próximos artigos aqui da Artcetera! 😉
Comentários